segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Começa uma longa jornada

Eu ficava esperando meus pais chegarem para me visitar todos os dias. Lá na UTI Neonatal, meus pais podiam me ver somente nos horários de visita, meia hora de manhã, meia hora a tarde e vinte minutos a noite. Meus avós também podiam me ver, mas somente em alguns dias da semana.
Adorava os momentos em que a mamãe estava lá comigo, ela estava sempre sorrindo, cantava para mim, contava histórias e fazia muito carinho.
Eu queria muito demonstrar que eu estava feliz, que eu estava gostando dela estar ali ao meu lado, mas eu não conseguia. Depois que fiz aquela "arte" de madrugada, alguma coisa estava estranha comigo, com o meu corpinho. Eu não conseguia me mexer, nem meus bracinhos, nem minhas perninhas, eu apenas acordava, ficava com os olhinhos abertos e depois dormia de novo.
Meus pais também achavam estranho, ficavam preocupados, mas eles sempre conversavam com os médicos durante as visitas, que diziam, que ainda era efeito dos remédios da sedação, que tinhamos que esperar isso passar.
Mas os dias foram passando e eu continuava igual.


Eu e mamãe


Eu e papai


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